Danballah Wèdo

Damballah
Damballah

"Há uma grande serpente, tão grande que somos invisíveis se comparados a ela. Suas escamas são de um branco imaculado, mas quando a luz bate nelas, brilham com as cores do arco-íris. Esta serpente vive no fundo das águas abissais, onde os espíritos descansam a fim de purificar-se. Mas, com uma frequentica rítmica, ela sai desse mar espiritual e viaja pelo universo em uma grande velocidade, sempre no sentido anti-horário, como se quisesse parar o tempo nas frações de segundo que ela leva de um canto ao outro do universo. A velocidade é tamanha, que suas escamas se desprendem de seu corpo imaculado e elas se transformam em estrelas e em novas galáxias. É com seu movimento ao passar rapidamente pelo universo que ela consegue mover os planetas, possibilitando as estações do ano, o dia e a noite e permitindo que a vida continue." Este é Danballah Wèdo, o mais importantes deus do Panteão (ou o mais importante espírito, abaixo de Bondye, segundo o Vodu "tradicional"). Ninguém é capaz de compreender toda a complexidade que se encerra em Damballah Wèdo e sua consorte/contraparte Ayida Wèdo. Não é possível explicar essa complexidade em palavras.

 

Danballah é pai simbólico de todas as Loas e senhor de toda a criação. Ele é o senhor do branco, tudo o que envolve Danballah precisa ser extremamente limpo, puro, livre de ácool, fumo ou cheiros fortes. Damballah é o transportador dos antepassados, levando-os das águas abissais até o Ginen, o mundo espiritual. É uma Loa complexa de ser explicada, não dá para fazer um resumo satisfatório sobre Danballah. Sua contraparte feminina é Ayida Wèdo, em alguns momentos é vista como separada dele e em outros é sua parte indivisível. Ayida é a serpente arco-íris, fêmea e que está sempre representada ao lado de Danballah Wèdo. Ela não é claramente uma esposa de Danballah, embora essa afirmação não seja de um todo errada. Ela é a contraparte feminina do deus serpente, ela está contida nele, são um só, não podem se separar, mas ainda mantém caráter independente entre si. Danballah é "marido" de Ezili Freda, a deusa do amor. Mas, essa situação marital está mais no sentido de amante do que de parceira.

 

No Vodu tradicional (sincrético) ele está ligado à São Patrício ou à Moisés. Nos templos sincréticos, seu dia de festa é 17 de Março, o mesmo de São Patrício.

 

Vodu Brasil


 

 

Ogou
Vèvè de Ogou (Ogun)

É bom saber: Nos cultos

de Candomblé são

conhecidos os EBOS,

oferendas feitas aos

Orisas. No Vodú, o termo

correto é Wanga e possui

a mesma finalidade dos

EBOS.